A Festa de Pentecostes, também chamada de Festa da Colheita ou Festa das primícias, inicialmente era o momento de trazer as primícias (primeiros frutos) da colheita do trigo como oferta ao Senhor, em agradecimento pela Sua provisão nos campos. Mas, com o passar do tempo, essa festa também passou a ser uma celebração da Torá, pois foi no Pentecostes que Deus entregou a lei a Moisés.
Mais uma vez, Deus demonstra Sua provisão, não deixando o povo “no escuro”, mas revelando-se na luz de Sua Palavra, onde percebemos o coração e a natureza do Pai.
Já nos tempos do Novo Testamento, muitos celebravam a Festa de Pentecostes reunindo os amigos e estudando as Escrituras durante a noite. Provavelmente, era isso que os discípulos estavam fazendo à noite no cenáculo quando, ao amanhecer, eles recebem as primícias do Espírito Santo, sendo os primeiros a serem batizados no fogo (Mt 3.11).
Ao derramar o poder do Espírito, Deus completa sua provisão sobre nossas vidas. Ou seja, na Festa de Pentecostes celebramos a experiência da plenitude da abundância de Deus, que nos transforma de maneira a podermos finalmente cumprir a nossa missão de fazer discípulos e discípulas de Jesus Cristo em todas as nações (Mt 28.18-20).
É interessante observar que os discípulos estavam debaixo de uma Palavra de Jesus: “Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). Nisso vemos que a Igreja do Senhor Jesus é capaz de cumprir o seu papel somente com movimento do Espírito Santo e estando em obediência à sua Palavra.
Jesus, a Palavra encarnada, gerou vida. Ele veio a este mundo e morreu a nossa morte para nos dar a sua vida. Mas, só vamos “nos mover” plenamente nessa vida abundante estando debaixo do “mover do Espírito”.
Quando o Espírito Santo “se move” em nós, assim como foi na Criação, a vida é gerada, primeiro em nós e depois por meio de nós. E, para que isso aconteça, nós precisamos, como fizeram os discípulos, investir tempo no secreto, buscando a presença e a Palavra de Deus.
A estação de Pentecostes é um convite à Igreja a experimentar continuamente o derramar da presença e do poder de Deus, a encher-se plenamente do Espírito, a fim de espalhar o amor, a salvação e a santidade de Deus no mundo!
FIGUEIRA, Susylaine M. D. Um convite a experimentar do derramar do Espírito: Co-pastora no IM Bispo Scilla Franco e agente de pastoral no Instituto Noroeste de Biriguí/SP. Informativo Regional, Órgão de Comunicação Metodista da 5ª Região Eclesiástica Ano 27, n. 158, abril a junho 2024. Pentecostes, p. 10.