No dia 02 de setembro de 2021 celebraremos 91 anos de autonomia da Igreja Metodista no Brasil, aqual, até o ano de 1930, era missão da Igreja Metodista Episcopal do Sul. O evento histórico se deu na Catedral Metodista de São Paulo. Através de tal ato a Igreja no Brasil atingiu a sua independência, se tornando autossustentável e com quadro pastoral autóctone. Penso que a data e o fato são dignos de celebração e de muitas reflexões.
Nove décadas e um ano é tempo que quando aplicado a uma pessoa traz a ideia de velhice. Todavia, em se tratando de Igreja no mundo afora, a comparação com os anos de presença metodista em outros países, podemos dizer queainda somos uma igreja nova. Mas, em termos de crescimento, quando comparados com a presença e atuação de outros grupos evangélicos mais recentes no país, devemos refletir sobre em que missiológicamente temos errado, pois, apesar de mais de um século e meio de Metodismo no Brasil, a nossa presença nacional ainda é pouca.
Será que ao nos emanciparmos da Igreja Mãe perdemos o seu DNA e vigor missionário? Falando só de um dospontos na imensa linha de esplendor sem fim, ometodismo norte-americano, a história nos mostra que quando Francis Asbury chegou aos Estados Unidos, existiam 1.160 metodistas. Quando ele morreu, havia 214.235. O Bispo da América ordenou mais de três mil pastores e pregou mais de dezessete mil sermões. Durante seu episcopado mais de catorze mil “classes” demetodistas se formaram e o movimento metodista tomou-se a denominação de mais rápido crescimento nos Estados Unidos, havendo um metodista para cada quatro pessoas.Seu ministério episcopal durou 32 anos, ele morreu a 31de março de 1816, aos 70 anos. – Olhando para o legado de Wesley na Inglaterra e de Asbury nos EUA somos levados a nos perguntar se perdemos o DNA missionário metodista!
É inegável que enfrentamos uma crise de identidade, frente a qual, a Igreja Metodista no Brasil precisa parar para realmente pensar o seu papel de participante na Missão de Deus em seu propósito salvífico de nossa tão combalida nação. Precisamos retornar para Aldersgate e recolocarmos o foco na primeva convocação do Espirito Santo para nós. Durante a Primeira Conferência Metodista ocorrida em Londres, de25 a 30 de junho de 1744, o discernimento de John Wesley foi de que Deus levantou o Povo chamado Metodista para: ‘Reformar a nação, particularmente a Igreja e espalhar a santidade bíblica por toda a terra'”. A Igreja Metodista Episcopal do Sul ao se implantar no Brasil seguiutal visão missionária. Tal grandiosa missão só serásequenciada e cumprida por nós em solo brasileiro e latino-americano se não nos tornamos autônomos e independentes das Escrituras e do explicito IDE contido em Mateus 28:19-20, Mc 16:15, Lc 24:47, Jo 20.21 e At 1:8. Não podemos nos emancipar do poder do Espírito Santo, da experiência do coração aquecido, da vida de piedade e obras de misericórdia que certamente nos levarão a vivermos plenamente a santidade de coração e vida. É preciso que ao celebrarmos quase um século de autonomia revisitemos os primeiros anos que antecederam e sucederam nossa emancipação da Igreja dos EUA. Urge trazermos a memória tudo o que o Espírito de Cristo fez e que tornou possível a nossa autonomia. Isso certamente nos ajudará na reflexão sobre quem fomos, somos, onde estamos e aonde queremos missionáriamente chegar, se estabelecer e crescer.
Pastor José do Carmo da Silva
Igreja Metodista em Votuporanga – SP
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