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Transformando desafios em oportunidades

Para cada desafio há sempre boas oportunidades para servirmos e honrarmos a Deus. Se encararmos corretamente os desafios, enxergaremos as oportunidades que estes nos trarão. Poderíamos lembrar de Neemias?

Em todos os desafios e em todas as oportunidades o caráter de cada um/a pode ser determinante, nas vitórias ou nas supostas derrotas. Poderíamos lembrar de José?

Nosso caráter nos ajuda a termos vitórias nos desafios e forças em meio às possíveis derrotas no caminho. Se Deus está no controle de nossa vida, Ele saberá nos conduzir em meio aos processos, tanto no enfrentamento dos desafios, como no aproveitamento das oportunidades que surgirem e que sejam do agrado dEle.

“Portanto, visto que temos este ministério pela misericórdia que nos foi dada, não desanimamos. Pois não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor, e a nós como escravos de vocês, por amor de Jesus. Pois Deus que disse: Das trevas resplandeça a luz, ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo. Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós. De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não destruídos. Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que a vida de Jesus também seja revelada em nosso corpo” (2Co 4.1-10).

“Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno (2Co 4.16-18).

“Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At 1.8).

A Bíblia nos mostra líderes que enfrentaram muitos e grandes desafios, mas cerca de 30% deles aproveitaram bem as oportunidades e terminaram bem que seus ministérios. Nosso grande desafio é glorificar a Deus e exaltar o nome de Jesus em todo o mundo.

Desafios no meio cristão

A Igreja tem sido ameaçada. Suas verdades e seus princípios questionados. A pandemia trouxe sérios problemas para muitas igrejas, com perdas de membros e arrecadação. Muitas, ainda estão se levantando do impacto que sofreram.

  • O número de desigrejados/as está aumentando, resultado da visão egoísta das pessoas, bem como das falhas do discipulado e comunhão do corpo local.
  • Saída dos jovens da igreja. Um grande desafio para a igreja hoje é alcançar e consolidar as novas gerações;
  • Perda de autoridade da igreja por causa da política ideológica partidária, por causa da corrupção financeira no meio cristão etc;
  • A situação emocional do/a pastor/a está preocupante. Depressão, esgotamento, desânimo, frustrações etc;
  • Questões familiares: alto índice de divórcio, sexualidade libertina, alto índice de filhos sem país ou mães, modelos familiares distorcidos etc;
  • Cristianismo sem caráter, líderes sem vocação, pastores/as cheios de habilidades, porém vazios/as da graça e unção. Tem sido um grande desafio para a igreja hoje em dia.

Desafios globais

  • Existem alguns desafios globais, que também tem a ver com a Igreja de Cristo;
  • Persistência da pobreza mundial. Ricos e pobres nunca estiveram tão distantes;
  • O ritmo das mudanças tecnológicas revela a inteligência humana: “Você não é um ser humano, e sim um consumidor”!;
  • Ameaça nuclear voltando aos discursos, o terrorismo global aumentando;
  • A identidade humana está confusa. Se propõem destruir a vida por meio do aborto e eutanásia, de maneira tão natural. Assustador!;
  • As drogas lícitas e não lícitas. Aumento do tráfico e criminalidade;
  • Crescimento das seitas e heresias.

Algumas respostas

A Igreja precisa ser uma voz profética em cada geração. São oportunidades de serviço em nome de Deus ao mundo.

Envolvimento social como ponte de amor ao próximo e evangelização prática e solidária.

Wesley teve um forte envolvimento social, porém com o Evangelho e no poder do Evangelho. Quantos se inspiraram em Wesley e foram usados/as para promover mudanças significativas na sociedade do século 18, em especial, na Europa e América?

Veja o ministério público de Jesus. Foi ensinando…, pregando…, fazendo o bem e curando. “Jesus foi por toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas deles, pregando as boas novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças entre o povo” (Mt 4.23). “Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor” (Mt 9.36).

No século 19, a escravidão e tráfico de escravos foram abolidos, o sistema presidiário foi humanizado, as condições nas fábricas e minas foram melhoradas, a educação se tornou disponível para os pobres, sinais da presença transformadora de Jesus nestas pessoas em seus espaços de pecado e desgraça.

Avivamento vital e prático.

O avivamento evangélico fez mais para transformar o caráter moral da população em geral do que qualquer outro movimento da história britânica. Wesley foi pregador do Evangelho e profeta da justiça social. Ele foi usado por Deus para restaurar a alma da nação. Nas gerações seguintes, seguiram os passos de Wesley: Granville Sharp, Thomas Clarkson, James Stephen, Zachary Macaulay, Charles Grant, John Shore etc.

No século 19, o avivalista Charles Finney disse que o grande trabalho da igreja é reformar o mundo.

Que o Senhor nos ajude nessa responsabilidade!

LAGO, Adonias Pereira do. Bispo da 5ª Região. Transformando desafios em oportunidades. Informativo RegionalÓrgão de Comunicação Metodista da 5ª Região Eclesiástica, ano 27, ed. 158, abril a junho 2024. Palava do Bispo, p. 2-3.

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