“Para os seres humanos é impossível; contudo, não para Deus, porque para Deus tudo é possível” … foi a resposta de Jesus aos seus discípulos encontrada no Evangelho Segundo Marcos (Mc. 10.27b) a respeito de quem poderia ser salvo. Alertando-os com respeito ao perigo que há no envolvimento do coração humano com as riquezas, Jesus demonstra que salvação não é uma coisa humana, mas sim divina. Deus é quem em seu poder pode salvar a humanidade de seus pecados, de sua miséria, de sua maldade. Neste ensinamento de Jesus, o rico e suas riquezas exemplificam o quanto o coração humano é, por si só, tendencioso em apegar-se àquilo que não lhe traz paz, que não lhe traz amor, que não lhe promove vida e, principalmente, o que lhe afasta do Senhor. Assim, “para os seres humanos é impossível […]”, mas para Deus não.
A graça de Deus é o mais sublime dom divino. Deus, ao revelar-se ao mundo pelo Filho, assumiu a forma de Cristo para promover salvação e vida. E quando assim o fez, fez para todos os povos, para que sua casa fosse chamada “casa de oração” (Is. 56.7); quando assim o fez, fez para que o pródigo filho, que hora perdido, tivesse a oportunidade de retornar e se encontrar (Lc 15); quando assim o fez, fez para que houvesse vida naquilo que mais parecia um vale de ossadas ressequidas (Ez. 37). Quando olhamos ao nosso texto inicial, o de Marcos 10, vemos que o homem rico nada mais representa do que a condição humana que, carente de salvação, não pode apegar-se a nenhum outro a não ser Ele, Deus… a riqueza é aquela que concede soluções temporárias, mas Deus – por meio de Jesus – concede GRAÇA. Uma solução eterna, a salvação de todo àquele que crer, sem distinções, graça que é possível para todos e está à todos, pois é divina. Ela é rica em perdão e misericórdia e dispensa salvação e vida, é o presente de Deus para minha e sua vida. A graça é o dom da vida.