“E também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana, mulher de cuza, procurador de Herodes, Suzana e muitas outras, as quais lhe prestavam assistência com seus bens” (Lc 8:1-2,3).
Jesus olhou as mulheres com olhos diferentes; tratou-as com uma ternura até então desconhecida, defendeu sua dignidade, acolheu-as como discípulas; tratou-as como seres humanos com necessidades, falhas e talentos. Ele reconheceu o valor delas. Ninguém as havia tratado assim. As pessoas viam-nas como fonte de impureza. Rompendo tradições e costumes, Jesus se aproximou delas sem temor algum; assentou se à mesa com elas e até deixou que os seus pés fossem tocados por uma prostituta que lhe estava muito grata. Elas foram igualmente livres para conversar, seguir, ser amigas e servir a Jesus; podiam relacionar-se com Ele da mesma maneira que os homens se relacionavam.
Este foi, por exemplo, o caso de Joana. Seu nome significa “presente de Javé”. Era mulher de cuza, procurador de Herodes Antipas. Cuza recebia um bom salário, já que exercia cargo importante. Sem dúvida, ele dava a Joana bela casa e todos os luxos daquela época. Portanto, quando ela encontrou com Jesus, ele a curou de uma enfermidade não registrada ou talvez de um espírito maligno que controlava sua vida. (Lc 8.2).
Joana era uma mulher corajosa:
Joana ouvira Jesus dizer, várias vezes, que, em Jerusalém ele seria denunciado, capturado, julgado, condenado e crucificado (Lc 5:35). Joana, porém, continuou seguindo Jesus, até o fim! A fúria dos judeus não a deixou amedrontada
Joana era uma mulher obediente:
Jesus fora rejeitado e crucificado, mas lhe é dado um enterro honrado, graças à iniciativa e à bondade de um membro do próprio Sinédrio, chamado José de Arimatéia. Joana foi uma das mulheres que assistiram a este piedoso homem depositar o corpo de Jesus num túmulo aberto em rocha, onde ainda ninguém havia sido sepultado Lc 23:53).
Joana era uma mulher ensinável:
Antes de partir da Galiléia, Jesus falou abertamente acerca de sua crucificação e sua ressurreição.Ela não era uma ouvinte negligente e descuidada, nem como aquelas mulheres instáveis da igreja, “que estão sempre tentando aprender, mas nunca chegam a conhecer a verdade”. Joana e as demais rapidamente entenderam que o corpo de Jesus não havia sido removido, mas ressuscitado! Joana, que constatou, pessoalmente, a crucificação e o sepultamento de Jesus, presenciou, também, a realidade da sua ressurreição.
Joana era uma mulher crédula:
Quando os dois seres angelicais afirmaram: “ele [Jesus] não está aqui, mas ressuscitou” (Lc 24:6a).Fico à imaginar o quanto Joana se sentiu valorizada, ao receber dos seres angelicais a missão de comunicar aos discípulos a extraordinária mensagem da ressurreição de Jesus. Joana vivia num mundo onde ninguém dava credito às palavras de uma mulher.
O Espírito Santo, sobre quem Jesus tanto falou, em seus últimos ensinos, não recriminou nem desprezou as mulheres! Ele capacitou-as (Rm 16.1,3,6,7,12). E, continua a capacitar mulheres para levarem o evangelho salvador e poderoso do Senhor Jesus aos perdidos.
Hoje não tem sido diferente, tenho presenciado são mulheres que, mesmo com jornada dupla, não tem deixado de servir ao Senhor com seus dons e talentos, orando, ofertando, acolhendo, discipulando, verdadeiramente as mulheres tem vivido para servir ao Senhor. A força da mulher é grande no trabalho missionário.
E, essa força, está primeiramente na sua vida espiritual com Deus, que consegue ver além e evitar problemas. O próprio Deus dá a ela visão espiritual do que se passa ao seu redor.
Mesmo em um tempo de tanta violência contra a mulher, onde não se passa um dia sem ouvirmos e vermos tantas mulheres sendo cruelmente assassinadas, violentadas.
“E seja sobre nós a formosura do Senhor nosso Deus, e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos.” Salmos 90:17
Maria Aparecida de Araujo Cata Preta
Presidente da Federação Metodista de Mulheres da 5ª RE