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Itinerância: meu bem ou meu mal?

“Confie no SENHOR de todo o coração e não se apoie no seu próprio entendimento. Lembra de Deus em tudo o que fizer, e ELE lhe mostrará o caminho.”

Provérbio 3:5,6

Quem é a pessoa itinerante? Aquela que é capaz de transitar, de locomover; função que necessita de deslocamentos constantes.

Podemos ser comparados com o povo do deserto na caminhada para a terra prometida. De tempos em tempos, a nuvem e a coluna de fogo que os guiava durante os dias e noites se movia, e era o sinal de que eles também se deslocariam para um lugar adiante.

Como família pastoral metodista, vivemos tempos pré-concílio, o que nos remete a tão desejada – ou não – itinerância.

Ela pode ser configurada como uma bênção se pensarmos nos aspectos do desafio de viver coisas novas:  nova cidade, nova igreja, novas amizades e o início de um novo tempo de vida.

Podemos vivenciá-la, também, como uma crise instalada na família, igreja, comunidade onde estamos… se podemos abraçar a mudança como uma realidade ruim (algo que não desejamos); um dos aspectos será a desestabilização de onde estamos: o deixar para trás, como o povo de Israel na caminhada.

Devemos nos lembrar a nos deslocarmos do lugar (às vezes confortável) de onde estamos. Isso nos indica que aquele lugar tão conhecido por nós, não fará parte de nosso futuro. Podemos até revisitar, mas não mais será o mesmo! Não queremos perder algo que construímos com tanto esforço, trabalho, sacrifícios… Deixaremos amizades, vínculos formados ao longo dos anos.

Precisamos lembrar que a vida é feita de perdas. Ao nascer, já perdemos o lugar quentinho e seguro do útero da mãe. Perdemos dentes, a infância, o estado de solteiro quando casamos; mas ganhamos novas habilidades, experiências, maturidade, pois nos exercitamos a passar os ciclos naturais da vida.

Assim como o povo de Deus na caminhada, podemos olhar para frente, para um futuro que pode nos assustar e nos intimidar – por pertencer ao campo do desconhecido –  e, mesmo assim, nos apoiar na confiança Daquele que nos vocacionou para essa caminhada. Confiar que Ele nos mostrará o caminho a seguir.

Sentiremos ansiedade enquanto esperamos? Sim!

Não vamos negar os nossos sentimentos, a capacidade de sentir o que sentimos. Todavia, vamos experimentar confiar de todo o coração no Senhor e não nos apoiar em nossa própria capacidade de persuadir, de tratar as nomeações pastorais como um negócio” (entendedores entenderão).

Cada família pastoral tem uma oportunidade de se colocar diante do Senhor em oração e permitir que Ele mesmo cumpra a promessa de ser aquele que nos guia sempre!

Um abraço imenso,

Marta Lago – @projetocuidar5re

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