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A solitude é uma presença transbordante

Sobre essa viagem chamada isolamento social, conheci tantas coisas em mim que me trouxeram gratidão, incômodo, paciência.
Percebi que não chegaria (bem) a lugar algum com exigências tão duras comigo mesma. Desacelerei a mente. Coloquei no papel quem eu me tornaria se acatasse as falas de todos e mantivesse alguns medos, e quem eu seria se fosse quem eu quisesse ser. Encarei (e estou encarando) alguns detalhes que não conhecia. E.. eu amo detalhes.
Vi coisas que só podem ser percebidas sem distrações, acompanhados de um silêncio tedioso e um vazio esquisito. Logo eu que admiro rodas de conversa e encontros. Mas gostei de ter minha companhia. Gostei do que tenho a dizer e do que posso ouvir. Gostei também de perceber que às vezes quero sim outras companhias, e preciso.

Algumas repostas não estão no espelho. Sem fugir, sem medo, contínuo buscando. Vivendo tantas coisas sozinha, continuo aprendendo…

E você? O que tem apreendido nessa viagem chamada isolamento/quarentena?

Andreia Noé (Limeira/SP)

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